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Mostrando postagens de outubro, 2017

Avanço

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Em meio ao pandemônio que vivemos no Brasil, houve, na semana passada, uma agradável informação! O Senado aprovou projeto de lei que agiliza o processo de adoção de crianças e adolescentes, dando prioridade aos grupos de irmãos ou menores com deficiência, doença crônica ou com necessidades específicas de saúde.   Promovendo assim, alterações na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e no Código Civil, tais como estas importantes iniciativas: - a autorização do cadastro para adoção de recém-nascidos e crianças mantidas em abrigos que não forem procuradas pela família biológica em até 30 dias (quando estávamos na fila, o prazo era de até 2 anos!); - a redução do prazo para tramitação do processo de habilitação, limitando a 120 dias como período máximo para conclusão deste processo (o nosso durou 1 ano);   - a duração máxima do estágio de convivência que antecede a adoção nacional firmada em 90 dias;   - assegurar a estabilidade para mamães com guarda provisória; - o

O Desafio

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Estávamos, Pedro e eu, a brincar no quintal de casa - no ano passado, ele com seus 3 aninhos e 4 meses conosco - após pinturas e espirros de tintas, mais tropeços que chutes na bola (da minha parte, claro! rsrs), rabiscos com giz no muro,...e chegou a hora de ir para o banho! E, eis que surge a primeira birra! Sim! Eu sabia que um dia ela chegaria. O sorriso maroto que Pedro exibia, em menos de 3 segundos, um som estridente e alarmante passou a ecoar de sua garganta. Eu, tentando acalmá-lo, dizia que chegou a hora, que estávamos suados, sujinhos,…Mas, a teimosia não o deixava. Ficou irritadiço e começou a gritar comigo. Respirei fundo, olhei firme em seus olhos e num tom baixo falei, ou melhor, repetí o que algumas vezes ouví de minha mãe: - “Não grite comigo! Sou sua mãe!” Lembro-me bem, quando ouvia essa frase, ficava quieta e fazia cara de enfurecida.   Com Pedro, me surpreendí ao ver em seus lábios despontar um sorriso e uma alegria surgir em seus olhos!   Não

Achei Você no Meu Jardim

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Sabemos que ainda há muito o que fazer pelas crianças que se encontram em situação de abrigo, mas, a cada criança que recebe amor e um lar, é uma vida a tocar, a semear e, de novo, a brotar. Uma alegria saber que as pessoas se realizam quando encontram seu(s) filho(s) do coração. E muitas delas passaram a falar, nos últimos anos, sobre isso. Contribuindo para que se desperte um novo olhar…   Melhor ainda, quando as palavras se transformam em melodia. Comovente a letra e   música da grande e doce Vanessa da Mata, cantora, compositora e escritora brasileira, e mãe por adoção de 3 crianças (são irmãos biológicos), fez essa linda canção em homenagem aos seus filhos (Bianca, Filipe e Micael): "Minha Herança: Uma flor" Achei você no meu jardim Entristecido Coração partido Bichinho arredio Peguei você pra mim Como a um bandido Cheio de vícios E fiz assim, fiz assim Reguei com tanta paciência Podei as dores, as mágoas, doenças Que nem as fol

Pertencimento

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Logo que Pedro iniciou as aulas de natação (ano passado), com seus 3 aninhos e recém-chegado em casa,   passamos, ele e eu, agachados ou sentados, na borda da piscina.   Tentei, junto ao seu professor, persuadí-lo a encarar aquele imenso tanque de água com algumas brincadeiras, como “cachoeirinha” ou com carrinhos, e o que não poderia faltar: bolas! Mas, ele não quis entrar por nada! No final da semana seguinte, em viagem à casa da avó, pela primeira vez - tanto para conhecê-la, como em sua casa -, entrou, sem hesitar, na piscina.   Ao retornar à aula de natação, entrou confiante na água e feliz contou a sua proeza ao professor. A pedido de Pedro, convidei um amigo da escola para passar uma tarde em nossa casa. Ele ficou muito   entusiasmado! Chegada a data, ele quis participar de toda a produção: pediu para que eu lesse as mensagens de confirmação da mãe do coleguinha (rsrs), arrumou seus brinquedos, o seu quarto, ajudou a preparar os sucos e, por um triz, a mergulhar o

Um Sonho Possível - Trailer

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Família Acolhedora

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Há uma melhora significativa associada ao desenvolvimento físico, cognitivo e social quando as famílias recebem em casa a criança ou jovem, quando afastados da família de origem. Permitindo que crianças retiradas de suas famílias por decisão judicial recebam mais do que a assistência impessoal de um abrigo público. Ou seja, uma alternativa para que estes jovens tenham um menor sofrimento quanto ao rompimento de sua convivência familiar e estejam melhor preparados para a reintegração familiar. A proposta de privilegiar o encaminhamento de vulneráveis para casas de acolhedores em vez de instituições adquire força desde 2009, com a aprovação da Lei Nacional da Adoção. A inclusão do Programa de Acolhimento Familiar na Lei da Adoção, criado pelo Plano Nacional de Convivência Familiar e Comunitária foi incorporado à lei devido aos resultados positivos obtidos até então. As famílias acolhedoras não se comprometem a assumir a criança como filho. O período de acolhimento é de 6 meses,

A Despedida

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Com a apresentação de teatro da escola do Pedro para ir, no final do ano passado, ele fez questão que a sua avó viesse até São Paulo para assistí-lo.   Tão feliz com a vinda dela, me pediu para que ela dormisse em seu quarto. Desde o seu primeiro encontro com Pedro, ela fez o mesmo em sua casa: o colocou em sua cama para dormirem juntinhos. Fui ao aeroporto buscá-la. E, como ela chegou pela manhã, quis fazer uma surpresa indo pegá-lo na escola. Ele deu um pulo de alegria quando a viu e gritou “vovó” e, com muito entusiasmo, a abraçou vigorosamente. No dia da apresentação, Pedro estava feliz com a sua família o assistindo. Ainda tímido, fez o seu melhor no palco - ficava enrolando com os dedos a sua bolsinha a tiracolo, tentando disfarçar seu acanho (rsrs). Tudo certo até o dia da partida de sua avó tão amada. Ela retornaria no finalzinho da tarde. Mas, nesse dia, ele esteve manhoso, birrento. Fomos levá-la ao aeroporto e, no saguão, ele passou a cantar músicas infant

Ponto de Partida

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Vontade de ter filhos, de aprender, de virar pai ou mãe: Essa é uma equação que une o amor por crianças à vontade de se dedicar inteiramente a uma delas, e de mudar sua vida e quem você é em função disso. Reconhecer que há muito o que aprender e aproveitar a oportunidade. Esse é um bom ponto de partida para adotar um filho. Continue a refletir sobre isso, converse bastante com pessoas que já passaram ou estão passando pela experiência e informe-se o máximo possível. Se você realmente sente que sua família está pronta para embarcar nessa jornada tão especial e única, o primeiro passo é comparecer a um fórum de sua cidade ou região com o RG e um comprovante de residência. A partir deste primeiro contato, você receberá instruções detalhadas sobre outros documentos a apresentar e sobre como funciona o processo de entrevistas com assistentes sociais da Vara da Infância e da Juventude para realizar a sua habilitação e entrar no Cadastro Nacional de Adoção (CNA). Segundo a legislaç