O Desafio
Estávamos, Pedro e eu, a brincar no quintal de casa - no ano passado, ele com seus 3 aninhos e 4 meses conosco - após pinturas e espirros de tintas, mais tropeços que chutes na bola (da minha parte, claro!), rabiscos com giz no muro, … e chegou a hora de ir para o banho!
E, eis que surge a primeira birra!
Sim! Eu sabia que um dia ela chegaria.
O sorriso maroto que Pedro exibia, em menos de 3 segundos, um som estridente e alarmante passou a ecoar de sua garganta. Eu, tentando acalmá-lo, dizia que chegou a hora, que estávamos suados, sujinhos, … Mas, a teimosia não o deixava. Ficou irritadiço e começou a gritar comigo.
Respirei fundo, olhei firme em seus olhos e num tom baixo falei, ou melhor, repeti o que algumas vezes ouvi de minha mãe: - “Não grite comigo! Sou sua mãe!”
Lembro-me bem, quando ouvia essa frase, ficava quieta e fazia cara de enfurecida.
Com Pedro, me surpreendi ao ver em seus lábios despontar um sorriso e uma alegria surgir em seus olhos!
Não imaginava tal possibilidade! Fiquei calada e comovida.
Para ele, ao ouvir, com determinação, que sou a sua mãe, foi uma alegria!
Como se eu tivesse confirmado, reiterado o que ele sempre esperou: ter uma mãe, um pai, uma família!
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