Realizar
A cada momento fazemos escolhas nos arriscando ao permitir que a nossa intuição esteja no caminho correto e, seja lá qual for, necessitamos eleger.
Precisamos estar com os corações abertos, quando, por exemplo, ele dispara ao encontrar um grande amor… As pernas tremem, a boca seca, as mãos transpiram em um suor frio que não conseguimos conter. E a pessoa desejada não sai um minuto sequer do pensamento. Este ser, eleito, passamos a amar e ao nosso corpo e mente a primar.
Se realiza sem correspondência com a nossa herança genética.
Se realiza sem correspondência com a nossa herança genética.
Nem mesmo percebemos que estamos a adotar.
Adotamos o(a) nosso(a) companheiro(a)/marido/esposa que fará parte de nossas vidas.
É diante da construção deste vínculo afetivo que passamos a lidar com as nossas diferenças e só o amor suavizará os momentos imprevisíveis e de embaraços que permeiam o amadurecimento de um relacionamento amoroso.
E não se difere do filho por adoção, onde não há a precedência de laços consanguíneos.
Escolhemos e desejamos este caminho: que esta criatura, dentre tantas necessidades, possamos supri-la de amor, afeto e carinho.
Ouço o desejo de muitas pessoas em adotar um filho, algo que antes não ouvia - relatam essa vontade ao saber que sou mãe por adoção. Como se quisessem provar a si mesmas que elas/eles tem um coração bom.
Ter um filho nesta condição não significa uma assistência à vida. O fizemos porque desejamos ser pai e mãe, optamos por esse caminho com a vontade de dar uma família a uma criança e formar um vínculo com todo o amor guardado para um filho, não interessa se biológico ou não. É pensar, se preparar - não apenas aos estudos para tal -, ausentar os pré-conceitos que invadem nossas vidas para se viver um autêntico amor parental.
É auspicioso saber deste propósito quando realmente é verdadeiro.
Filho não é meramente um desejo, é querer acima de tudo que se concretize na alma, na mente e no coração. Ressaltando que não seja a vontade de “fazer o bem”, mas, como um caminho de aprimoramento, de libertação das implicâncias e discriminações que ocorrem invariavelmente quando se trata da adoção.
Adotamos nosso marido/esposa com a convicção de estarmos no caminho certo, escolhido, desejado e amado. Damos um jeito nas finanças, nos ajustamos, nos erguemos, nos solidificamos para a construção, dia a dia, de uma vida plena com respeito e admiração.
O mesmo se passa com um filho por adoção. Não há pretextos, não se trata de caridade. Não se trata “para depois”, ou quando “estiver melhor financeiramente” ou “após ter os meus filhos biológicos”,… Adotar é um ato de amor, simplesmente. E não me glorifico por isso.
É ouvir de seu filho, ao colocá-lo para dormir: “mãe, eu sou tão feliz com a família que escolhi”.
É repousar no peito de seu/sua companheiro(a), feliz com o que sonhou, criou e edificou: uma família.
São as escolhas pensadas e fundamentadas que fazem as nossas vidas seguirem no âmbito de nossos propósitos, a realizar e não somente desejar.
Torço para todos que anseiam por este caminho se realize na sua forma mais pura e genuína que é o amor incondicional.
https://www.facebook.com/eaicheguei
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