Intenções




Há emoções que controlamos ou não. Aquela lágrima que escorre, aquele arrepio na pele, um soluço interno, um sentimento reprimido, um choro interrompido, uma sensação que não se quer expor. Não importa se racional ou emocional, todos sentimos.

Li um relato de um filho por adoção (hoje, um adulto), o qual me chamou a atenção, que ele ainda criança estava a brincar com seus primos e ao aprontarem alguma “arte”, a avó surgiu, repreendendo a todos, menos a ele. 
Ficou triste por não ter tido o mesmo tratamento que seus primos. E naquela ocasião, não se sentiu parte da família.  

Me fez pensar nas palavras e gestos manifestados com uma intenção amorosa e, também, envoltos em preconceitos ocultos. Muitas vezes tão enraizado, que passa despercebido.

Quando estive em tratamentos para engravidar e ao não obter sucesso, ouvi que poderia “fazer” de outra forma - quando eu suscitei a opção pela adoção -, como gerar um filho em uma barriga de aluguel. Não sou contra isso, deixo bem claro! 
Mas, para mim, ao dizer para um médico que a minha opção seria a adoção, me surpreendeu ao ouvir que um filho desta forma poderia nos acarretar tantos impasses no futuro. 
Somos todos filhos, biológicos ou não, que passamos por momentos custosos, laboriosos para que possamos amadurecer. 

É natural do ser humano gostar, desde que nasce, de quem o faz sentir bem. Não nascemos desdenhando outras cores, outros gêneros, outras formas de ser. Nascemos com o coração aberto. O que nos é imputado após é o que passa a construir amarguras que nem pensamos ou desejamos possuir. 

Vejo meu filho com a certeza de ser sua mãe de todas as formas, com todas as cores e com o meu jeito de lidar. 
Com todos os obstáculos e aprendizados que a vida nos oferece, como todos, igualmente, a enfrentar.



























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