Caminhos


Final de ano com celebrações e em meio a tantos acontecimentos, nos faz parar para pensar e rever nossas formas de agir, colocando sobre a balança os registros de nossas impressões habituais e corriqueiras, sem medir o peso se certas ou equivocadas, mas, com a clareza quais caminhos precisamos evoluir.

Há alguns anos, meu marido e eu, participamos de uma festa natalina para crianças carentes e, desde o Natal de 2016, Pedro nos acompanha.
Neste último Natal (2018), o levei à essa comemoração mas em outra instituição e, como ocorreu em um dia da semana, as crianças estavam desacompanhadas de suas famílias.
Logo que chegamos, Pedro me ajudou a descarregar o carro com guloseimas que levávamos para a comemoração e ao se deparar com tantas crianças que aguardavam pelo Papai Noel e seus presentes, ele entrou em pânico.
Passou a me pedir colo e não desgrudou de mim por um segundo.
Supus que a ausência dos pais destas crianças, fez com que Pedro pensasse estar em um abrigo. E naquele momento, me fez refletir sobre o nosso vínculo afetivo, nossa relação de confiança e, além destas construções amorosas, temos que respeitar o ritmo natural dele e faz parte comportamentos regressivos na criança adotiva.
Me pediu para irmos embora e eu, com ele em meu colo, lhe disse assim que terminasse, iríamos para nossa casa.

O vi, outras vezes, com medo de se distanciar de meu marido ou de mim, mas isso aconteceu no 1o. ano, no período de adaptação/estágio de convivência.
Buscamos ferramentas para que ele evolua transformando esses obstáculos existentes em caminhos sem saltos e cristalinos.
Obviamente, com o apoio de um terapeuta, com cuidado, amor, atenção e paciência podemos ajudar nessa transposição de seu passado. 

Pedro nos deu a oportunidade de sermos pais e ele de ser um filho.
Um pouco antes desta passagem de ano de 2018, ele nos disse sorrindo: “Obrigado por terem me tirado do abrigo e eu sou muito feliz por ser seu filho”. Emocionados, respondemos que ele é o nosso maior presente e que ele nos transformou em uma família.

Neste barco que juntos navegamos, em águas revoltas ou em calmaria, remo com amor e continuo, com prazer, a compartilhar aqui o que o mar da vida nos ensina, nos balança e nos move por oceanos.

Desejo para 2019, que em cada embarcação não falte boas pescarias, sabedoria, proteção, saúde e amor!
E para aqueles que aguardam seu(s) filho(s), tantos telefones a tocar e muitos corações a vibrar!

Um abraço bem apertado,

Raquel G Badue

https://www.facebook.com/eaicheguei/
































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